Entre a Dor e o Recomeço: A História de um Pai que Reencontrou o Filho e a Si Mesmo
Convivência Dolorosa
Com o passar das semanas, a convivência com Daniel se tornou um exercício de paciência e resiliência. Às vezes ele acordava gritando, chamando por Edward, pedindo desculpas por coisas que nunca fizera. Outras vezes, olhava para mim como se fosse um estranho, com medo nos olhos.
As sessões de terapia continuavam, mas o progresso era lento. Certa noite, ele perguntou: “Se você é meu pai… por que demorou tanto?”. Aquilo me dilacerou. Expliquei que o procurei todos os dias, que nunca desisti. Ele apenas assentiu, em silêncio. As palavras dele eram um golpe, mas também um convite à reconstrução.
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